O shofar é um dos mais antigos instrumentos de sopro utilizados pelo
homem. Ao longo da história da humanidade, inventaram-se outros, mais
novos, e os antigos foram sendo abandonados.
Entretanto, o shofar que hoje utilizamos é feito da mesma maneira que
há milhares de anos. Na Torá, é mencionado pela primeira vez na passagem
da Revelação Divina, no Monte Sinai, quando, no terceiro dia depois
de Moisés ter descido: "houve uma nuvem pesada sobre o monte, e o som
do shofar por demais forte, ... fez estremecer todo o povo do acampamento".
E continua o relato bíblico, mais à frente:... "o som do shofar foi
caminhando e aumentando muito; e Moisés falava e D'us lhe respondia
através do som".
De acordo com o Midrash, o shofar precisa ser curvo, indicando que
devemos curvar nossos corações perante D'us. E, como sua finalidade
é inspirar-nos humildade e sentimentos de arrependimento, é fácil entender
porque não é ricamente ornado, como outros objetos de culto. Permitem-se
apenas alguns entalhes no próprio material, não podendo haver qualquer
pintura em sua haste. Se porventura, houver algum ornamento, deve ficar
apenas do lado externo, sem perfurar as paredes. Isto indica a importância
da simplicidade e humildade. Assim como o shofar se torna inadequado
se qualquer adorno de ouro ou prata perfurar o osso que o compõe, também
o ser humano deve manter intacto o seu interior e não deixar que algo
material se aposse de sua mente e de sua alma.
Shofar de carneiro
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