Uma profunda lição de Lag Baomer
Rabi Akiva ensinou que "Amar p próximo como a si mesmo" é um princípio
cardinal na Torá; de fato, este é o mais famoso de seus ensinamentos.
Como explicar então a morte de milhares de seus discípulos que
tornaram-se os maiores exemplos dos ensinamentos de seu mestre? Como
puderam tornar-se deficientes nesta área tão vital?
O Lubavitcher Rebe explica que a própria diligência deles em cumprir o
preceito "Amar o próximo como a si mesmo" foi sua ruína. Os discípulos
de Rabi Akiva serviam a D’us com a máxima sinceridade e devoção. Assim
parecia a cada um deles que seu enfoque individual era o correto e que
aos outros faltava a perfeição tentando ajudá-los, mostrando seu
pensamento individual.
Nossos Sábiosdisseram que "Assim como a
face de cada pessoa difere das faces das outras, assim também a mente de
cada pessoa é diferente da mente de seu próximo." Quando os 24.000
discípulos de Rabi Akiva estudaram os ensinamentos de seu mestre, o
resultado foi 24.000 diferentes nuances de entendimento, pois os
conceitos foram assimilados por 24.000 mentes - cada uma sendo única e
distinta das outras. Se os discípulos de Rabi Akiva tivessem amado menos
uns aos outros, isso teria sido motivo para uma menor preocupação; mas
devido ao fato de que cada discípulo esforçou-se para amar o
condiscípulo como "a si mesmo" sentiu-se compelido a corrigir seu
raciocínio e comportamento "errôneos", e a esclarecê-los quanto ao
verdadeiro significado das palavras de seu mestre.
Cada judeu
dedicado a Torá e mitsvot, embora divirja em sua maneira de servir a
D’us, deve agir com bondade e respeito, e julgar sempre favoravelmente
aquele que ainda se encontra distante ou afastado.
Esta foi a
verdadeira lição deixada por Rabi Akiva e Rabi Shimon, provavelmente o
segredo mais profundo revelado da Torá: o serviço a D’us deve ser
desempenhado com verdadeira inspiração e vitalidade amando ao próximo
como a si mesmo e respeitando a individualidade.
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